Jorge Sampaio, um portuguêes de estatura internacional, defende a mutualização da dívida pública
O Presidente Jorge Sampaio endossou ontem a estratégia de mutualização da dívida pública portuguesa: «É minha convicção de que deveríamos fomentar ativamente o desenvolvimento de uma estratégia negocial, conjunta com outros países, destinada a forçar o tratamento futuro do stock da dívida externa, contraída nas condições excecionais do período pós-2009, por forma a que levasse à mutualização parcial da dívida por parte da União Europeia», disse ontem o antigo chefe de Estado no Grémio Literário, numa sessão promovida pelo Centro Nacional de Cultura e pelo Clube Português de Imprensa. Sampaio defendeu ainda que Portugal necessita de uma «visão estratégica», que dê confiança aos portugueses, e sugeriu que este objetivo seja objeto de debates públicos.
A mutualização da dívida, mesmo parcial, é uma proposta favorável a Portugal, bem como aos outros países do Sul da União Europeia, e por isso a proposta do Presidente Sampaio deve ser subscrita por todas as listas portuguesas candidatas às próximas eleições para o parlamento europeu, sugere O Economista Português.
A proposta do Presidente Sampaio surge depois do Manifesto dos 70 e, mais recentemente, do manifesto «Descontruindo o Euro», propondo que a França e a Alemanha saiam voluntariamente da Eurozona, ontem publicado por sete economistas, entre os quais alinha o Prof. João Ferreira do Amaral. A proposta de Sampaio é contudo mais moderada do que as destes dois manifestos.
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O texto do manifesto dos sete economistas está disponível em
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